Temas emergentes de Sociologia/ Questionário Unidade I (2017/2)

• Pergunta 1

  0,5 em 0,5 pontos

  	Segundo o IBGE, nos gráficos que revelam a desigualdade social, existem os décimos populacionais, assinale abaixo a alternativa que melhor explique:
  	Resposta Selecionada: c.  São os 10% mais ricos e os 10% mais pobres, que no último senso não apresentou alteração significativa. Respostas: a.  São as amostras sob as quais o IBGE debruça sua análise, descartando o restante. b.  São apenas os 10% mais ricos, revelando a pequena concentração de renda c.  São os 10% mais ricos e os 10% mais pobres, que no último senso não apresentou alteração significativa. d.  São apenas os 15% mais pobres, mostrando o aumento da riqueza no país e.  São décimos utilizados nos primórdios do IBGE, hoje descartados. Feedback da resposta: Resposta: C Comentário: Os décimos populacionais são os extremos, os 10% mais ricos e mais pobres da população que, segundo o IBGE, não apresentou uma alteração significativa capaz de provocar mudanças na estrutura da sociedade brasileira marcada pela desigualdade social.

• Pergunta 2

  0,5 em 0,5 pontos

  	O que são “marcadores sociais da diferença”?
  	Resposta Selecionada: a.  São responsáveis por explicar como a desigualdade é construída socialmente e hierarquizada: raça, gênero e sexualidade. Respostas: a.  São responsáveis por explicar como a desigualdade é construída socialmente e hierarquizada: raça, gênero e sexualidade. b.  Revelam as diferenças apenas a partir das categorias classes sociais e grupos de interesses. c.  São números que marcam cada fenótipo através dos documentos oficiais do Estado, a exemplo da carteira de motorista. d.  São responsáveis por explicar as desigualdades sociais, a partir da categoria iluminista “igualdade”. e.  São responsáveis por explicar como a desigualdade é construída socialmente e hierarquizada: raça, gênero. Feedback da resposta: Resposta: A Comentário: Os marcadores sociais da diferença explicam como a desigualdade é construída socialmente e hierarquizada: raça, gênero e sexualidade. Segundo Heloisa Buarque de Almeida, professora da USP, as diferenças são tidas como “naturais”, quando, na verdade, são construídas socialmente. A categoria de classe também se insere neste campo de estudo, mas como sendo mais um dos marcadores, denominado classismo, distinguindo-se de uma leitura estrutural de classe, específica aos estudos marxistas.

• Pergunta 3

  0,5 em 0,5 pontos

  	Segundo Stuart Hall, através da sua teoria da articulação, ele revela:
  	Resposta Selecionada: b.  Como as estruturas econômicas se conectam com as divisões raciais. Respostas: a.  Como as estruturas econômicas se conectam com as questões políticas. b.  Como as estruturas econômicas se conectam com as divisões raciais. c.  A articulação entre os elementos subjetivos e objetivos da construção do humano na sociedade. d.  Não existe racismo no Brasil, e sim uma democracia racial. e.  As diferenças raciais já foram superadas, exclusivamente por conta da democracia social existente na atualidade. Feedback da resposta: Resposta: B Comentário: A teoria da articulação, de Stuart Hall, objetiva identificar a relação entre as perspectivas econômicas e sociais, a partir das categorias classe e raça. Uma importante contribuição para as leituras simplistas que ignoram a perspectiva de classe, numa compreensão de que na suposta sociedade pós-moderna, o debate de classe teria perdido a sua centralidade.

• Pergunta 4

  0,5 em 0,5 pontos

  	André Gorz escreveu nos anos de 1980, “Adeus ao Proletariado”, neste momento coloca em cheque a:
  	Resposta Selecionada: d.  Centralidade do trabalho (assalariado). Respostas: a.   Importância do trabalho tecnológico. b.  Sociedade humana. c.  Existência de todo tipo de trabalho no mundo. d.  Centralidade do trabalho (assalariado). e.  Sociedade Anarquista. Feedback da resposta: Resposta: D: Comentário: Nos anos de 1980, André Gorz, escreve “Adeus ao Proletariado”, onde afirma a superação da sociedade do trabalho e, portanto da classe trabalhadora. Segundo Gorz, havia uma tendência ao desaparecimento do trabalho, trabalho assalariado, diante da crise econômica, social e politica, que se evidenciou pela impossibilidade do pleno emprego. Somado a isso, a crescente utilização da tecnologia na produção levaria a um franca diminuição dos postos de trabalho, o que denomina trabalho útil, e liberaria o tempo das pessoas para algo mais produtivo, prazeroso. O fim da centralidade do trabalho para Gorz possibilitaria a construção de uma nova sociabilidade, não mais fundada no trabalho.

• Pergunta 5

  0,5 em 0,5 pontos

  	Com base na teoria do valor de Marx, qual a principal força produtiva?
  	Resposta Selecionada: c.  O trabalho. Respostas: a.  A relação social. b.  O ócio. c.  O trabalho. d.  O conhecimento. e.  A tecnologia. Feedback da resposta: Resposta: C Comentário: A teoria do valor, em Marx, localiza o trabalho assalariado, o trabalho imediato, como sendo a principal força produtiva. Logo, seria o trabalho vivo imediato o responsável pela produção de mais-valor e, portanto, de capital. Para o autor, o trabalho é um processo que ocorre entre o homem e a natureza, capaz de dotar o homem de humanidade, de sentido. Este entra em contato com a natureza com a intencionalidade de transformá-la e com isso possibilitar a sua própria existência. Ao entrar em contato com a natureza, ele a transforma e se transforma simultaneamente neste processo. Neste sentido, ele se difere do animal, que por mais sagaz que este possa ser, não possui a condição de pré-figurar o final do seu trabalho. A teleologia, ou clareza da finalidade, é o que difere o pior arquiteto da melhor abelha. É este o processo de trabalho, a objetivação do movimento, da agitação interativa entre o homem e a natureza.

• Pergunta 6

  0,5 em 0,5 pontos

  	A tese sobre a centralidade do conhecimento possui alguns alicerces. Assinale abaixo a alternativa correta:
  	Resposta Selecionada: c. São eles: (1) partem de que o mundo do trabalho passou por transformações, uma “revolução tecnológica”; (2) o trabalho imediato cedera lugar a um tipo de trabalho imaterial, (3) o conhecimento como a principal força produtiva. Respostas: a.  São eles: (1) maior desenvolvimento; (2) maior distribuição de renda; (3) acesso ao conhecimento e informação. b.  São eles: (1) revolução tecnológica; (2) maior democracia; (3) diminuição das desigualdades. c. São eles: (1) partem de que o mundo do trabalho passou por transformações, uma “revolução tecnológica”; (2) o trabalho imediato cedera lugar a um tipo de trabalho imaterial, (3) o conhecimento como a principal força produtiva. d.  São eles: (1) fim do trabalho, de todo tipo; (2) revolução tecnológica; (3) substituição do trabalho humano pela robótica, na quase totalidade. e.  São eles: (1) maior desenvolvimento social; (2) maior desenvolvimento econômico; (3) menos desigualdade da informação. Feedback da resposta: Resposta: C Comentário: Sendo assim, podemos afirmar que a centralidade do conhecimento, com base nos especialistas,  possui alguns alicerces balizadores: (1) partem de que o mundo do trabalho passou por transformações, mudanças a partir da era da informática, da constatação de uma “revolução tecnológica”; (2) o trabalho imediato, material, cedera lugar a um tipo e trabalho que necessita ainda mais do cognitivo, um trabalho de tipo imaterial; (3) seria o conhecimento, na atualidade, a principal força produtiva, o que significa dizer que é deste sujeito, o conhecimento, que se extrai o sobretrabalho, mais-valia.  Isso alimentaria a ideia de que a libertação do conhecimento pudesse significar uma diminuição do desemprego, das desigualdades de desenvolvimento, ampliação da democracia, ou seja, a liberação da ciência e da tecnologia poderiam dar elementos a uma nova sociedade, com maior tempo destinado à educação, agora ao longo de toda a vida.

• Pergunta 7

  0,5 em 0,5 pontos

  	Segundo o sociólogo Ruy Braga, defina precariado?
  	Resposta Selecionada: e. O precariado brasileiro é formado por trabalhadores jovens, não qualificados ou semiqualificados, precarizados, sub-remunerados, trabalhadores sem experiência sindical prévia, e que possuem bloqueios na sua ação coletiva mediante as relações de trabalho estabelecidas.   Respostas: a.  São os trabalhadores mais antigos, às vésperas da aposentadoria. b.  São jovens negros, mulheres e LBGT’s que se apresentam em situação de maior fortalecimento no mercado de trabalho. c.  Como precariado, entende-se a nova classe de trabalhadores que trabalham diretamente com a robótica e alta tecnologia. d.  O precariado brasileiro é formado por trabalhadores do sexo feminino, de modo exclusivo. São conhecidos também como maquiladores. e. O precariado brasileiro é formado por trabalhadores jovens, não qualificados ou semiqualificados, precarizados, sub-remunerados, trabalhadores sem experiência sindical prévia, e que possuem bloqueios na sua ação coletiva mediante as relações de trabalho estabelecidas.   Feedback da resposta: Resposta: E Comentário: Para Braga (2013), o precariado brasileiro é formado por trabalhadores jovens, não qualificados ou semi-qualificados, precarizados, sub-remunerados, trabalhadores sem experiência sindical prévia, e que possuem bloqueios na sua ação coletiva mediante as relações de trabalho estabelecidas. Este se encontra espremido entre a “ ameaça da exclusão social e o incremento da exploração econômica”, segundo Ruy Braga (2013:16). Neste sentido, ele está no coração da produção capitalista e expressa sua necessidade máxima de superexploarção, sendo, então, parte integrante da classe trabalhadora e diante da condição salarial, expressa o processo de mercantilização do trabalho, em curso.

• Pergunta 8

  0,5 em 0,5 pontos

  	Em que consiste o Relatório Jacques Delors?
  	Resposta Selecionada: c.  Comissão Internacional (UNESCO) sobre Educação para o século XXI, coordenada por Jacques Delors. Respostas: a.  Um relatório sobre o desenvolvimento econômico e social dos países periféricos. b.  Comissão Internacional sobre Trabalho Infantil para o século XXI, Jacques Delors. c.  Comissão Internacional (UNESCO) sobre Educação para o século XXI, coordenada por Jacques Delors. d.  Comissão da Unesco, Nacional, tendo como eixo a educação para o século XX. e.  Um relatório sobre a cultura nos países africanos. Feedback da resposta: Resposta: C Comentário: Em meados da década de noventa, Frederico Mayor, o então diretor da UNESCO, convocou Jacques Delors, que, por sua vez, reuniu personalidades de todas as regiões do mundo, a coordenar a Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Em 1996, foi publicado o resultado do trabalho intitulado “Educação: Um tesouro a Descobrir – Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI”. A Conferência geral da UNESCO de 1991 delegou ao seu diretor geral que convocasse uma comissão internacional com o objetivo de refletir sobre “educar e aprender” para o século XXI.

• Pergunta 9

  0,5 em 0,5 pontos

  	Com base nas teses de Perry Anderson, como definir a pós-modernidade?
  	Resposta Selecionada: a. Como uma dominante cultural, surgindo em sociedades capitalistas bastante ricas e com altos índices de consumidores, no “Primeiro Mundo”, mas que se expande devido ao avanço da indústria da imagem que lança e invade todo o globo, impondo novas formas e prioridades. Respostas: a. Como uma dominante cultural, surgindo em sociedades capitalistas bastante ricas e com altos índices de consumidores, no “Primeiro Mundo”, mas que se expande devido ao avanço da indústria da imagem que lança e invade todo o globo, impondo novas formas e prioridades. b. Como dominante cultural dos mais pobres sobre os mais ricos, dos países periféricos sobre os países centrais, a exemplo do poder exercido pelo futebol brasileiro. c.  A pós-modernidade expressa o acúmulo do século XIX e XX, trata-se de um resgate das tradições e da cultura originária dos povos modernos. d.  A pós-modernidade expressa, segundo Anderson, a possiblidade real de libertação de todos os povos. e.  Como possiblidade de reconstrução da cultura dos povos dominados, uma teoria de transformação. Feedback da resposta: Resposta: A Comentário: Segundo Perry Anderson, a grandiosidade de F. Jameson está em conceber o pós-moderno como sendo um estágio do capitalismo, onde a cultura se torna coextensiva à economia. Anderson constata que a pós-modernidade, como dominante cultural, surgiu em sociedades capitalistas bastante ricas e com altos índices de consumidores, no “Primeiro Mundo”, mas reconhece que seu potencial expansionista está predestinado devido ao avanço da indústria da imagem que lança e invade todo o globo, impondo novas formas e prioridades.

• Pergunta 10

  0,5 em 0,5 pontos

  	Segundo Gorz, para Negri e Hardt estaríamos vivenciando uma nova forma de capitalismo fundado sobre novas bases, onde o trabalho, ao perder a centralidade, daria lugar:
  	Resposta Selecionada: a.  Ao conhecimento. Respostas: a.  Ao conhecimento. b.  Ao subjetivismo. c.  À robótica. d.  Ao afeto como elemento articulador. e.  Ao desenvolvimento sustentável. Feedback da resposta: Resposta: A Comentário: Segundo Gorz, (2005) estaríamos vivenciando uma nova forma de capitalismo fundado na economia do conhecimento, para Negri e Hardt seria uma economia da informação. Estes dois conceitos não possuem diferenças substanciais, ambos estão pautados pelo desenvolvimento das tecnologias da informação. Este tipo de capitalismo se diferenciaria do capitalismo econômico, ou de tipo econômico, predominante nas sociedades modernas. A nova forma de capitalismo, com predominância no conhecimento configuraria um tipo de capitalismo pós-moderno. Esta nova faceta do sistema capitalista estaria centrada no capital dito imaterial.

Segunda-feira, 9 de Outubro de 2017 20h03min57s BRT